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Universidades Interculturais: Edson Kayapó (Revista Pihhy)
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Resumo
O vídeo “Universidades Interculturais: Edson Kayapó” foi produzido no âmbito da Revista Pihhy, disponível na edição nº 6 da revista (https://www.gov.br/cultura/pt-br/assu..., a partir de evento realizado na Universidade Federal de Goiás (UFG), em novembro de 2024. Neste vídeo, o intelectual, professor e liderança indígena, Edson Kayapó, reflete sobre a importância fundamental da valorização de outras matrizes epistemológicas e da articulação de conhecimentos pluriepistêmicos para a real democratização das instituições brasileiras.
Edson reflete sobre a noção e a prática da interculturalidade crítica como eixo central para todas as instituições e formações, não restringindo o debate a um modelo de educação. A partir de sua reflexão, iniciamos a elaboração de uma proposta de interculturalidade como eixo para a Universidade Federal de Goiás.
As universidades no Brasil, entre outras instituições, são convencionalmente baseadas em um modelo elitista e excludente, de caráter monoepistêmico, que impõe de maneira unívoca a língua hegemônica, o registro escrito, o uso de gêneros textuais específicos e um arcabouço disciplinar. Esses elementos, entre outros, permeiam os processos de ensino e aprendizagem, reforçam certos afetos (enquanto evitam outros) e se baseiam em um único modo de ser/fazer, consolidado por meio de um método de investigação que, entre outras coisas, hierarquiza pessoas, categorizando algumas delas como objetos.
Esse processo gera violência epistêmica e sofrimento psíquico, razão para a evasão estudantil, apoio a processos epistemicidas. Simultaneamente, e de forma intencional, uma vasta pluralidade de conhecimentos e práticas, bem como uma rica e complexa variedade de modos de existência, são desconsiderados, invisibilizados ou folclorizados em espaços institucionais, aparecendo ocasionalmente de maneira estereotipada e periférica.
Ao privilegiar uma única matriz epistemológica eurocentrada, as instituições mantêm o status quo social, garantindo a reprodução de relações de poder históricas, baseadas em uma falsa noção hierárquica que sustenta um modelo societário violento e desigual. Ao mesmo tempo, empobrece, limita e reduz os processos de produção de conhecimento que poderiam (e podem) ser inovadores e essenciais para o país, promovendo por exemplo, novas políticas para a sustentabilidade, o desenvolvimento e a justiça social, em vez de serem apenas uma "imitação desconectada" de outros contextos.
Este vídeo propõe pensar sobre a possibilidade de uma abordagem intercultural nas universidades, em que a sistematização e valorização dos conhecimentos ancestrais sejam viáveis. Por meio da articulação de saberes, é possível promover a produção inovadora de conhecimentos interculturais, pautados em múltiplas matrizes epistemológicas, que dão sustentação a novas bases epistêmicas para se pensar o ensino, pesquisa, extensão, instituições educativas, outras formas de governança, a democracia e a sustentabilidade.
A Revista Pihhy, semente em mehi jarka, língua falada pelo povo Mehi-Krahô, é vinculada ao “Programa Conexão Cultura e Pensamento”, da Secretaria de Formação, Livro e Leitura/SEFLI/MinC, e idealizada pela educadora, artista e liderança Naine Terena. Ela busca estimular a criação, a produção e a circulação de materiais de autoria indígena, baseados em conhecimentos plurais e ancestrais, assim como se faz em um pur, em uma roça tradicional mehi, onde sementes garantem o bem viver.
A Revista Pihhy tem como objetivo participar da formação das pessoas no país. Ela colabora com o sistema brasileiro de educação, alimentando processos de ensino e aprendizagem relacionados à Lei 11.645 e à Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). Busca estimular a produção de conhecimento científico, despertando saberes fundamentais, pautados em distintas matrizes epistemológicas, e tenta fortalecer a democracia brasileira, semeando novas relações e dinâmicas sociais que garantam um país mais justo, plural e equilibrado.
A Revista Pihhy trata de temas como educação, direitos, conhecimentos, política, ciência, artes dentre outros, por meio de alguns elementos: Já me transformei em Imagem; Mestres de Cultura; Cadernos Educativos; Literatura Indígena; A Palavra da Mulher é Sagrada; Vibrações, Sons e Corpos e Direitos Indígenas, os quais compõem sua proposta editorial.
Trata-se de um projeto inovador e de vanguarda porque promove a pesquisa, o registro e a sistematização desses saberes ancestrais que foram, no violento processo histórico e colonial, apagados, adormecidos ou invisibilizados no país. Ela traz à tona pensamentos plurais e diversos sobre temas fundamentais para o mundo contemporâneo, como a sustentabilidade, a relação com a natureza, a democracia e o bem viver.
Edson reflete sobre a noção e a prática da interculturalidade crítica como eixo central para todas as instituições e formações, não restringindo o debate a um modelo de educação. A partir de sua reflexão, iniciamos a elaboração de uma proposta de interculturalidade como eixo para a Universidade Federal de Goiás.
As universidades no Brasil, entre outras instituições, são convencionalmente baseadas em um modelo elitista e excludente, de caráter monoepistêmico, que impõe de maneira unívoca a língua hegemônica, o registro escrito, o uso de gêneros textuais específicos e um arcabouço disciplinar. Esses elementos, entre outros, permeiam os processos de ensino e aprendizagem, reforçam certos afetos (enquanto evitam outros) e se baseiam em um único modo de ser/fazer, consolidado por meio de um método de investigação que, entre outras coisas, hierarquiza pessoas, categorizando algumas delas como objetos.
Esse processo gera violência epistêmica e sofrimento psíquico, razão para a evasão estudantil, apoio a processos epistemicidas. Simultaneamente, e de forma intencional, uma vasta pluralidade de conhecimentos e práticas, bem como uma rica e complexa variedade de modos de existência, são desconsiderados, invisibilizados ou folclorizados em espaços institucionais, aparecendo ocasionalmente de maneira estereotipada e periférica.
Ao privilegiar uma única matriz epistemológica eurocentrada, as instituições mantêm o status quo social, garantindo a reprodução de relações de poder históricas, baseadas em uma falsa noção hierárquica que sustenta um modelo societário violento e desigual. Ao mesmo tempo, empobrece, limita e reduz os processos de produção de conhecimento que poderiam (e podem) ser inovadores e essenciais para o país, promovendo por exemplo, novas políticas para a sustentabilidade, o desenvolvimento e a justiça social, em vez de serem apenas uma "imitação desconectada" de outros contextos.
Este vídeo propõe pensar sobre a possibilidade de uma abordagem intercultural nas universidades, em que a sistematização e valorização dos conhecimentos ancestrais sejam viáveis. Por meio da articulação de saberes, é possível promover a produção inovadora de conhecimentos interculturais, pautados em múltiplas matrizes epistemológicas, que dão sustentação a novas bases epistêmicas para se pensar o ensino, pesquisa, extensão, instituições educativas, outras formas de governança, a democracia e a sustentabilidade.
A Revista Pihhy, semente em mehi jarka, língua falada pelo povo Mehi-Krahô, é vinculada ao “Programa Conexão Cultura e Pensamento”, da Secretaria de Formação, Livro e Leitura/SEFLI/MinC, e idealizada pela educadora, artista e liderança Naine Terena. Ela busca estimular a criação, a produção e a circulação de materiais de autoria indígena, baseados em conhecimentos plurais e ancestrais, assim como se faz em um pur, em uma roça tradicional mehi, onde sementes garantem o bem viver.
A Revista Pihhy tem como objetivo participar da formação das pessoas no país. Ela colabora com o sistema brasileiro de educação, alimentando processos de ensino e aprendizagem relacionados à Lei 11.645 e à Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). Busca estimular a produção de conhecimento científico, despertando saberes fundamentais, pautados em distintas matrizes epistemológicas, e tenta fortalecer a democracia brasileira, semeando novas relações e dinâmicas sociais que garantam um país mais justo, plural e equilibrado.
A Revista Pihhy trata de temas como educação, direitos, conhecimentos, política, ciência, artes dentre outros, por meio de alguns elementos: Já me transformei em Imagem; Mestres de Cultura; Cadernos Educativos; Literatura Indígena; A Palavra da Mulher é Sagrada; Vibrações, Sons e Corpos e Direitos Indígenas, os quais compõem sua proposta editorial.
Trata-se de um projeto inovador e de vanguarda porque promove a pesquisa, o registro e a sistematização desses saberes ancestrais que foram, no violento processo histórico e colonial, apagados, adormecidos ou invisibilizados no país. Ela traz à tona pensamentos plurais e diversos sobre temas fundamentais para o mundo contemporâneo, como a sustentabilidade, a relação com a natureza, a democracia e o bem viver.
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